Travessia da Serra da Pedra Vermelha (2ª parte)

Leia também a primeira parte desta aventura

Por Mazinho Bender

(Clik nas fotos para ve-las grande)

E ai vamos nós de novo rumo a Serra da Pedra Vermelha, depois de duas semanas da primeira travessia agora entraremos pela outra extremidade. O grupo era o mesmo, porém o Magrão fez apenas parte do caminho, pois precisava estar em casa para o almoço com a família, voltando antes de começar a subida do Pedro turco.

Eu e o Luiz enfrentamos a subida do Pedro Turco e ao final desta pulamos uma porteira e seguimos o caminho que segue a crista da Serra da Pedra Vermelha, esta estava limpa, mas o piso forrado com folhas secas dava-nos a impressão de estar pedalando sobre a areia, uns dois km depois uma bifurcação, a direita desce em direção a uma lago maravilhoso encravado no meio das montanhas, pensamos em ir até lá, mas logo a frente o caminho descia vertiginosamente e ao pensarmos na volta desestimo, eu estava com vontade de rever o lugar que tem um chalé as margens do tal lago, mas o sacrifício não valia a pena.

A estradinha sempre limpa e pesadíssima nos obrigava a empurrar em diversas ocasiões, ladeada por arvores altas pouco se podia ver dos visuais que haviam além delas, por sorte encontramos uma pedra de onde foi possível avistar o lago e o tal chalé, pena que a máquina fotográfica não tinha zoom para uma foto adequada.

Depois de um bom pedaço de subida começamos a encontrar algumas descidas bastante fortes e seria bom que o caminho tivesse saída, pois voltar seria bastante penoso; mais a frente encontramos uma outra porteira, depois da qual o piso se modificava, havia mais mato alto e menos folhas no chão, o que no fim estava até melhor que antes, logo adiante nos deparamos com um pasto a esquerda que nos proporcionou um belo visual, porém o caminho agora seguia direção aos estábulos da fazenda e não era uma boa idéia ir até lá, pois estávamos em propriedade particular sem autorização, então entra em ação as parcas lembranças que eu tinha de mais de dez anos atrás, subimos pelo meio do pasto, a estradinha descia e que vontade de descê-la, pelo que parecia ser um leito antigo de estrada até a borda da mata, a qual fomos margeando, a uma certa altura aquilo que parecia leito de estrada adentrava pela mata, na mente veio a angustia de ter que empurrar a bike por um longo trecho de mata fechada, mas não tínhamos opção e lá fomos nós.

Empurra daqui, arranha dali (aranhas também tinham por toda a parte) e umas centenas de metros depois chegamos no fundo de uma casa, contornando-a saímos no loteamento bem perto da outra ponta da trilha e até que este trecho não fora muito difícil, pois tinha até alguns trechos pedaláveis, agora vamos descer pelo asfalto e quem sabe um dia retornaremos para fazer a travessia completa com facão e muita disposição.